Daniel da Rocha Lucena
Estudo clínico-ecográfico da vitreosquise posterior em uveíte posterior focal necrosante. Ribeirão Preto, 2006. Tese de Doutorado, apresentada à Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP- Programa: Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço- Depto. de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Orientador: Jorge, Rodrigo 1. vitreosquise posterior, 2. uveíte posterior
Resumo
Objetivos: determinar a prevalência da vitreosquise posterior nos olhos com uveíte posterior focal necrosante, correlacioná-la com a localização e o tamanho das lesões e com o haze vítreo, e caracterizar as formas de apresentação da vitreosquise posterior;
Pacientes e métodos: foram examinados pacientes com idade entre 10 e 45 anos e diagnóstico de uveíte posterior focal necrosante atendidos no ambulatório de oftalmologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo no período de março de 2003 a novembro de 2005. Foram realizadas oftalmoscopia binocular indireta e ecografia ocular modo B com sonda de 10MHz;
Resultados: 131 pacientes foram incluídos no estudo. A prevalência de vitreosquise posterior foi de 73,28%. Lesões maiores do que 2DD e haze vítreo maior do que 2+/4+ foram associados significativamente com o desenvolvimento de vitreosquise posterior. Nenhuma associação foi encontrada entre a localização da lesão e o desenvolvimento de vitreosquise posterior. Foram caracterizados 3 tipos de vitreosquise posterior: o tipo I, caracterizado por descolamento de vítreo posterior (DVP) parcial; o tipo II caracterizado por DVP total; e o tipo III caracterizado por DVP “pseudototal”, quando o folheto externo da vitreosquise posterior se desprende totalmente do corpo vítreo, permanecendo aderido à membrana limitante interna da retina;
Conclusões: a prevalência da vitreosquise posterior foi 73,28%, e o seu desenvolvimento foi relacionado positivamente com o tamanho da lesão e o haze vítreo. Foi possível caracterizar a vitreosquise posterior em tipos I, II e III, confirmando a teoria OLYS.
Abstract
Objective: To verify the prevalence of posterior vitreoschisis in posterior focal uveitis and its relation to lesion’s size and localization, and secondary vitreous haze, and to classify the posterior vitreoschisis based on ecographic findings;
Methods: All patients from the Department of Ophthalmology - Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, with diagnosis of posterior focal uveitis between 10 and 45-year-old were invited to participate in the study. Ophthalmic evaluation consisted in indirect ophthalmoscopy and B-scan ultrasound (10MHz);
Results: One hundred and thirty one eyes of 131 patients were enrolled in the study. The prevalence of posterior vitreoschisis was 73,28%. Lesions with more than 2 DD size and with more than 2+/4+ vitreous haze were significantly associated to the development of posterior vitreoschisis. No association was found between lesion’s localization and posterior vitreoschisis. It were classified in three types Type I: characterized by partial posterior vitreous detachment (PVD); type II, characterized by complete PVD; and type III, characterized by the reminiscence of outer vitreoschisis layer attachment to the inner limiting membrane;
Conclusion: The prevalence of vitreoschisis was 73,28% and its occurrence was positively related to lesion size and vitreous haze, confirming OLYS theory.
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